Manual de Formação para o Postulantado - Pré-Noviciado


MANUAL DE FORMAÇÃO PARA O POSTULANTADO (PRÉ NOVICIADO)

Regra de Santo Alberto

A Regra de Santo Alberto é o documento que dá origem à vida e à espiritualidade da Ordem do Carmo. Ela foi escrita entre os anos de 1206 e 1214 por Santo Alberto de Jerusalém, a pedido de um grupo de eremitas que vivia no Monte Carmelo, na Terra Santa. Esses homens buscavam seguir a Cristo em oração, silêncio e simplicidade, inspirados pelo profeta Elias e pela Virgem Maria.

A Regra é curta, direta e cheia de espiritualidade. Não se trata de um conjunto de regras rígidas, mas de um verdadeiro caminho de vida evangélica, que une o silêncio da solidão à fraternidade da vida comum. Cada irmão vive em sua cela, em oração e trabalho, mas todos se reúnem para celebrar juntos a Eucaristia. A cela é um espaço de encontro com Deus, de escuta da Palavra e de vigilância interior.

Entre os pontos centrais da Regra, está o convite a “meditar dia e noite na Lei do Senhor”, ou seja, viver em oração contínua. O silêncio, o jejum, o trabalho manual, a obediência ao prior e o espírito de humildade são atitudes que ajudam o carmelita a manter o coração voltado para Deus. A Regra também apresenta a imagem do carmelita como um combatente espiritual, revestido da “armadura de Deus” (cf. Ef 6,10-17), pronto para resistir às tentações e crescer na fé.

Com o tempo, a Regra foi adaptada para novas realidades, especialmente quando os carmelitas passaram a viver nas cidades da Europa. Mesmo assim, seus valores essenciais permaneceram: oração, silêncio, fraternidade, desapego e busca constante por Deus.

Hoje, a Regra de Santo Alberto continua sendo uma fonte viva de inspiração não só para religiosos, mas também para leigos e leigas que desejam viver com mais profundidade o Evangelho, no espírito do Carmelo.


Hábitos Religiosos da Ordem do Carmo

Ao ser admitido ao postulantado, o postulante deverá a continuar usando o hábito de aspirante, ou seja, assim que um postulante assume seu compromisso com a entrada na Ordem, torna-se necessário o uso de vestes específicas designadas para essa missão, bem como a identificação adequada do título ou estágio dentro da Ordem. O postulante inicialmente utiliza o hábito sem o Escapulário, a capa ou quaisquer outros acessórios adicionais. Consequentemente, o postulante mantém o uso das vestes até completar sua formação e estar devidamente preparado para se tornar um Frei-Noviço.


a) caso for um clérigo, usa-se com a clerical:


Ao subir ao noviciado, ou seja, após a conclusão da formação, o Frei-Noviço, recém-formado, inicia seu processo de integração no carisma carmelita ao adotar o uso regular da veste religiosa em sua vida cotidiana, além de contribuir com eventos e atividades da Ordem. Para o Frei-Noviço, é concedida a permissão para utilizar a capa, adotando um hábito já com o uso do Escapulário, o qual é o hábito definitivo

Quando o Frei carmelita processa os votos, é oficialmente admitido na família carmelita, passando a adotar a sigla do Carmelo (O.Carm) em sua assinatura. Além disso, é obrigatório o uso diário do hábito, que inclui a presença do escapulário e da capa, completando assim a veste carmelita. Os Freis Carmelitas assumem plenamente os compromissos religiosos, contribuindo ativamente com os eventos e atividades da Ordem.
a) Cotidiano:

b) Com a capa: